Revisão critica do papel do educador na sociedade atua
Paulo Freire, em seu livro “Pedagogia da Autonomia”, discute o ensino e as práticas educativas num contexto histórico, social, cultural e humano, tentando levar o educador a uma análise crítica do seu papel na sociedade. Tendo este ponto de vista, queremos neste trabalho, abordar a educação de uma forma crítica, levando em consideração que a educação deva formar cidadãos com consciência ética, crítica, política, assumindo-se como seres históricos e sociais no mundo. Para que possam usar, em sua vida, os conhecimentos obtidos durante a sua vida, levando-os a se tornarem sujeitos autônomos, que possam ensinar e aprender. Analisando a história da educação, podemos ver que ela tem variado infinitamente, com o tempo e o meio. Vemos que nas cidades gregas e latinas, a educação conduzia o indivíduo a sujeitava sem cegamente à sociedade. Hoje, esforça-se em fazer dele personalidade autônoma. Em Atenas, procurava-se formar espíritos delicados, capazes de gozar o belo e os prazeres da pura especulação; em Roma, desejava-se especialmente que as crianças se tornassem homens de ação. Na Idade Média, a educação era cristã, antes de tudo; na Renasça toma caráter mais leigo, mais literário; nos dias de hoje a ciência tende a ocupar o lugar que a arte outrora preenchia. Todo o passado da humanidade contribuiu para estabelecer esse conjunto de princípios que dirigem a educação de hoje; toda nossa história aí deixou traços, como também o deixou a história dos povos que nos precederam. Devemos aprender com a história passada, pois em todos os sistemas educacionais do passado vemos erros e acertos. O que não podemos, entretanto, sermos solidários com os erros de observação ou de lógica cometidos por nossos antepassados; mas podemos e devemos encarar a questão sem nos ocupar das soluções que lhe tem sido dadas; isto é, deixando de lado tudo o que tem sido, devemos indagar