Resumo O nascimento do saber cientifico

AVILLE, Cristian. O Nascimento do saber científico In: A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Med: 1999, p.17-30.

Desde que o mundo é mundo, o homem para viver e facilitar sua sobrevivência, sempre se confrontou com a necessidade de saber. O Homem pré-histórico elaborava seu saber segundo suas observações pessoais para melhor poder controlá-los, como por exemplo, o “saber fazer fogo”. Das experiências pessoais o homem tem inúmeros tipos de saberes: o intuitivo ou senso comum; a tradição que vem sendo repassado principalmente pela família; a autoridade que vem, por exemplo, da religião na figura de seus líderes. O homem vem sendo sujeitado a esses tipos de conhecimento, até que percebe a fragilidade do saber fundamento na intuição, no senso comum e na tradição. Vem o desejo de saber mais e de forma confiável, temos o início do saber racional.
Os filósofos gregos foram os primeiros a dar início na formulação de um conhecimento mais regional, por meio de seus questionamentos. O Homem já não se satisfaz apenas com as explicações mitológicas sobre o mundo que o cerca, era preciso desenvolver um saber mais apropriado. Platão e Aristoteles formulam instrumentos lógicos, onde definem a relação entre o sujeito é o objeto estudado, bem como a distinção de cada um. Surge também o princípio da casualidade, onde uma causa provoque uma consequência e a consequência seja compreendida pela compreensão da causa. Os gregos desenvolvem um raciocínio dedutivo e o indutivo até hoje essenciais à construção metódica do saber.
Enquanto a Grécia valorizava o conhecimento filosófico, os romanos deram uma ênfase maior no conhecimento pragmático, voltado para as aplicações práticas do conhecimento para facilitar as relações diárias dos que possuíam acesso à educação nesse período.
Logo vem a Idade Média e com ela a expansão dos domínios da Igreja sobre a sociedade. Houve então um retorno à reflexão filosófica, só que desta vez moldada