resumo livro 1 da republica de Platão

O Livro I da República gira em torno das seguintes questões: O que é a justiça? E quais suas conseqüências para Pólis? Todos os argumentos platônicos tinham como interesse o convívio na Pólis, defendendo a idéia de que a Justiça devia ser o princípio das relações políticas dos indivíduos, sendo um bem coletivo, e não individual. Platão queria resolver os problemas do seu tempo. Como impedir que a cidade, que não vivia mais numa tradição aceita por todos acabasse afundando na confusão dos interesses particulares e como salvar a cidade do caos em que ela estava, a ponto de condenar aquele que teria sido o norte das discussões, Sócrates.
Numa conversa inicial sobre o que seria “justiça”, Sócrates, Céfalo e em seguida Polemarco conversam através da maiêutica (procurar dentro do homem a verdade) socrática. Depois de muita conversa, sempre tentando chegar a algo, Sócrates questiona Polemarco sobre a utilidade do “ser justo”, admitindo que justiça seria praticar o bem em relação aos amigos e que também seria justo prejudicar os inimigos. Apesar disso, Trasímaco interfere , mencionando, que Sócrates não deve fazer tantas perguntas, mas sim atendê-los com respostas. Sócrates utiliza freqüentemente de sua ironia, querendo respostas de Trasimaco sobre a questão discutida. A argumentação apresentada por Trasimaco é bastante radical, ele afirma que justiça é reforçar o poder dos mais fortes em cima dos mais fracos. Não é isso que fazem os tiranos com suas leis autoritárias? Sócrates rebate dizendo que os governantes podem fazer leis boas ou ruins, pois são passiveis ao erro. O raciocínio de Trasímaco, o mantém firme em sua posição de que o injusto, com seus privilégios, é mais feliz e pleno em relação ao justo. Sócrates se coloca de forma sabia em relação a isso, governar é estar a serviço dos governantes. A justiça é superior a injustiça e é preferível sofrer a injustiça a praticá-la. Depois de muitas discussões, Sócrates com seu poder de interrogatório, acaba com as