Resumo Erwing Goffman

1113 palavras 5 páginas
A vida íntima de uma instituição pública – Parte I
Nesse capítulo, o autor parte do pressuposto de que todo vinculo supõe uma concepção acerca da pessoa ligada por ele, e propõe a questão: como o indivíduo enfrenta essa definição de si mesmo?
Nesse sentido, apresenta o conceito de organização formal instrumental: sistema de atividades intencionalmente coordenadas e destinadas a provocar alguns objetivos explícitos e globais. Ao aceitar participar de uma organização, o indivíduo aceita as consequências dessa participação para a formação da definição do seu eu, de sua natureza.
Essas organizações não se limitam a utilizar a atividade de seus participantes. Elas também definem quais são os padrões oficialmente adequados de bem-estar, valores conjuntos, incentivos e castigos. Assim, um simples contrato de participação é ampliado para uma definição do ser social do participante. Consequentemente, um estabelecimento social pode ser considerado também um local onde tais suposições acerca do “eu” são sistematicamente enfrentadas pelo participante. Ou seja, ao prescrever uma atividade, adiantar-se nela ou fazê-la de modo diferente do previsto é afastar-se do seu eu-oficial e do mundo oficialmente disponível para ele A participação do indivíduo diante das obrigações institucionais ocorre via ajustamentos primários e secundários e o conjunto desses ajustamentos é o que Goffman considera, aqui, como “vida íntima da instituição”.
O ajustamento primário ocorre quando um indivíduo contribui, cooperativamente, com as atividades exigidas por uma organização, e sob as condições exigidas. Eles contribuem para a estabilidade institucional. Os ajustamentos secundários, por sua vez são definidos como qualquer disposição habitual pela qual o participante emprega meios ilícitos ou consegue fins não autorizados, de forma a escapar daquilo que a organização supõe que deve fazer e obter, e, portanto, daquilo que deve ser. Ao utilizar um ajustamento secundário, o indivíduo obtém

Relacionados

  • Nem casa, nem rua: Uma análise estrutural de moradias alternativas para jovens do século XXI.
    1497 palavras | 6 páginas
  • Semad
    3830 palavras | 16 páginas
  • Teorias e metodologias
    5615 palavras | 23 páginas
  • pedagogo
    11908 palavras | 48 páginas
  • Institucionalização
    14060 palavras | 57 páginas
  • PSICOLOGIA
    5082 palavras | 21 páginas
  • Motivação
    4842 palavras | 20 páginas
  • militar
    6716 palavras | 27 páginas
  • Big brother brasil: perspectivas de edição e conquista do público sob a ótica do enclausurado
    19773 palavras | 80 páginas
  • Academia via forma
    6933 palavras | 28 páginas