Resumo dos pontos 6 e 6.1 da obra "Do Xadrez à cortesia""

6
Refinamento conceitual da teoria da interpretação.
Os “jogos de linguagem” variam, e não reconhecer essa variação leva a equívocos filosóficos; torna os intérpretes vítimas do “enfeitiçamento da linguagem.”
A linguagem não possui estrutura gramatical única, ao contrário do que sonham os positivistas.
Sobre o conceito de interpretação, um primeiro recorte já havia sido feito em “Uma questão de princípio”, obra na qual Dworking procura demonstrar como o uso dos nossos conceitos de leão ou água difere do uso dos conceitos de cortesia e artístico. Há uma diferença não so semântica, mas também gramatical (substantivos concretos/substantivos abstratos).
Questão debatida na obra “A Justiça de Toga”: Como compreender as críticas segundo as quais há confusões conceituais?
6.1
Em “ A Justiça de Toga”, aponta para a ambiguidade semântica que o conceito de direito envolve, que gera confusões na própria teoria do direito. Ou seja, para tecer comentários referentes à teoria do direito, primeiro pretende identificar o que é o direito.
Para a teoria interpretativa do direito o melhor conceito de direito é a concepção “doutrinal”: conceito de direito de algum lugar ou entidade no sentido de se obter determinado efeito.
“Se refere, portanto, ao nosso uso do conceito de direito quando formulamos proposições jurídicas com valores de verdade”.
Dessa forma, Dworking reconhece que “as proposições jurídicas desempenham um papel importante numa complexa rede de pressuposições e crenças que advém desse papel”.
O sentido das proposições jurídicas afeta a forma como o direito é compreendido.
Conclui sobre o conceito de direito doutrinal: o conceito de direito doutrinal se reporta ao contexto linguístico no qual se requer um valor de verdade para proposições jurídicas. relevância prática: afeta o modo como uma questão será decidida. relevância teórica: o valor da verdade da proposição jurídica depende do conceito de direito, o que envolve esclarecer se nele estão incluídas