resumo capitulo V de "O demonio da teoria" de Compagnon
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O retorno do Estilo: O estilo determina como as coisas são ditas, é a impressão da personalidade de um autor. A noção tradicional de estilo implica na noção de sinonímia, para que haja estilo é preciso que haja varias maneiras de dizer uma mesma coisa, que seja possível dizer uma mesma coisa de maneiras diferentes. Porem existe um conflito por que nem todos concordam com esse conceito. Os literatos não são adeptos ao meio termo, ou o estilo é a realidade da literatura ou então ele é somente uma ilusão, para eles dizer de outra forma uma mesma coisa é na realidade outra coisa, então eles se livram do estilo por que, segundo eles, isso resolve os problemas, sem o estilo tudo se torna possivel, isso que o que diz o teorico literario Stanlei Fish. Pra mediar esta situação controversa, este beco sem saida, entra em cena o filosofo Nelson Goodman. Ele fala que a sinonimia, que ate então no estilo tradicional era a base, não é indispensável para que o estilo exista. A sinonímia é sim suficiente para que haja estilo, porem exite uma noção mais flexivel e menos impositiva, ele fala: "a distinção entre o estilo e o conteúdo não supõe que a mesma coisa possa ser dita exatamente de diferentes maneiras. Supõe somente que o que é dito possa variar de maneira não concomitante com as maneiras de dizer". Em outras palavras, não se é obrigado a crer na sinonimia exata, absoluta, mas somente admitir que há maneiras muito diferentes de dizer coisas muito semelhantes e, inversamente maneiras muito semelhantes de dizer coisas muito diversas. Basicamente o estilo supõe que possa haver uma variação de conteudo sem que a haja uma variação de forma.