Resumo Artigo Revista Época Capital no seculo 21

Partindo de breve análise da recente obra "O Capital no século 21", de Piketty, Eduardo Sarge, aborda o famigerado tema da desigualdade social sob a ótica dos atuais modos de produção, mais precisamente, do capitalismo. Traz opiniões divergentes de autores conceituados, demonstrando, através da evolução histórica da desigualdade em outros países, o que melhor se aplicaria ao Brasil para reduzí-la. Para Sarge, a redução da desigualdade não se trata de eleger o melhor modo de produção, pois, em sua opinião, é evidente que o capitalismo é o único modo viável. Se a adoção de outro modo de produção não é uma escolha, qual seria a solução? Inicialmente, Sarge fala do já mencionado livro de Piketty e de como o sucesso estrondoso desssa obra trouxe à tona uma questão tida, por muitos países, como tabu: a desigualdade social. Apesar da lisura dos dados apontados por Piketty ser questionada por diversos economistas, Sarge ressalta a importância de se trazer um assunto desse à pauta mundial. Não é de hoje, que inúmeros economistas tentam entender como se dá a distribuição de renda. Kuznets, de acordo com Sarge, afirmou, na década de 1950, que a desigualdade acompanharia o desenvolvimento dos países, de modo que o tempo seria capaz, por si só, de reduzir as disparidades sociais: quanto mais desenvolvido, menor a desigualdade. Aceita como dogma, por muito tempo, está mais que comprovado que a economia não funciona precisamente desta forma. Sarge cita dados interessantes: nos últimos 30 anos, apesar de a população mundial ter crescido 50%, o número de pobres caiu de 2,6 bilhões para 2,5. Ainda, não obstante a patente diminuição da pobreza mundial, a desigualdade teria AUMENTADO. Insta salientar que desigualdade social não significa pobreza. Afinal, um país onde todos vivem na miséria, certamente, é um pais com igualdade social. Quando se fala em desigualdade, refere-se, exclusivamente, às disparidades na distribuição de renda. Quanto a isso, Sarge cita uma interessante