Resenha

Rio de Janeiro, década de 70, é o cenário escolhido para as tantas aventuras vividas por Heleninha, garota novinha de Ipanema, 17 anos, que ao conhecer o temido bandido 1001, ladrão e assassino criado na Baixada Fluminense, se encanta com o seu jeito. Com um tresoitão na cintura e comparsas: Tatuzinho, Boca Torta e Minhoquinha, 1001 aterroriza a zona sul do Rio de Janeiro e só faz aumentar a paixão que Heleninha sente por ele. Entre Beatles, Janis Joplin, uísque, baseados, pó e muita crueldade José Carlos Oliveira retrata em ritmo alucinante a criminalidade e o encantamento da dita "Cidade Maravilhosa" naquela década.

Quem narra o primeiro capítulo é dona Adelina Lina Menina, idosa moradora de Copacabana e que vai ser a primeira vítima do bandido 1001(que tem esse apelido por causa de dois dentes que faltam na arcada superior). Ela faz algumas observações sobre a sua vida, e ao passar por estes questionamentos, um dia sentada em um banco é surpreendida por 1001, que pede sua bolsa. Parada ali Adelina então questiona, se Deus pode ter enviado aquele rapaz, como forma de acabar de vez com todo seu sofrimento, e sem medo acaba respondendo as ameaças do bandido e já temos o primeiro choque: a personagem narrando como é ser alvejada pelo bandido ao receber três tiros e ser morta.
A partir daí, quem assume a narrativa é Heleninha, menina rica que foge dos padrões impostos na época e de sua família, além de ser dependente química. O bandido 1001 ao fugir da cena do crime de Adelina, sequestra Heleninha e a leva para um barraco em uma favela. Após as conversas entre os dois, 1001 se vê encantado pela novinha de Ipanema e acaba a liberando do sequestro. A jovem se apaixona pelo bandido e a história se desenrola no envolvimento entre os dois. Envolvimento esse que é dubiamente contestado por ambos em toda a história.
O tempo passa, e um dia, deitada com 1001, Heleninha se levanta, com fome e agoniada, por saber que 1001 não gosta de sua amizade com