resenha

CASTRO. Manuel Manrique. A História do Serviço Social na América Latina. 12ª edição. Editora Cortez, São Paulo, 2011.
No texto, o autor Manuel Castro aborda aspectos importantes para a compreensão do surgimento do Serviço Social no continente latino americano sob a forte influência do Serviço Social europeu e, depois norte americano. As etapas pelo qual este se definiu até ser reconhecido como uma profissão, a importância das primeiras escolas, a primeira fundada no Chile em 1925 por Alejandro Del Río e a segunda fundada por Miguel Cruchaga Tocornal. Além destes pontos, é preciso ainda entender como a profissão se desenvolveu no interior das relações de produção capitalista e quais foram às contribuições dadas pela Igreja para o surgimento do Serviço Social.
Segundo o autor, o Serviço Social só pode ser entendido a partir da relação de forças entre as classes (burguesia e proletariado), das forças produtivas, modo de produção sustentada pela exploração da força do trabalho (através do assalarido), e no movimento que ocorre quando estas classes põem em jogo seus próprios interesses, em particular quando a classe trabalhadora apresenta exigências sociais e a classe dominante procura direcionar as lutas populares. E que tal surgimento e desenvolvimento ocorrem devido a fatores externos à sociedade latina americana. Outro elemento que colabora para o entendimento da História do Serviço Social é o processo evolutivo da profissão, na qual se encontram os marcos importantes da evolução profissional em função de erros já mencionados anteriormente. Assim certas fases são caracterizadas em função da influência alcançada pelas correntes do pensamento ou formas de ação.
Outro modo de se entender o Serviço Social se dá através da Igreja Católica, pois foi esta que com uma prática religiosa e caritativa tornou-se a raiz do assistencialismo profissional, e que com o passar do tempo foi sofrendo mudanças para se enquadrar no novo cenário capitalista e não perder o seu poder.