Resenha: A universidade e a formação do homem.

ARROYO, Miguel G. A universidade e a formação do homem. In: SANTOS, G. A. (Org.). Universidade, formação, cidadania. São Paulo, SP: Cortez, 2001. p. 33-50.

A universidade e a formação do homem.
*Patricia Flores Freitas.
No inicio do capitulo o autor relata que são recorrentes as discussões em reuniões de departamento e de professores sobre o papel do professor, até se tornando tema de um seminário que questiona se a universidade pode auxiliar na formação do cidadão. Percebo que já o próprio tema do seminário limita a ação da universidade à auxiliar, num claro reconhecimento de que nas questões de formação humana a pensam e constroem saberes, valores, culturas e identidades positivas a partir do estudo das formas de saber-se que é trabalhado pelas escolas, docentes e alunos. Inicialmente ele questiona se o direito a saber-nos pode ser entendido como direito ao conhecimento e afirma que após um longo percursso escolar os sujeitos saem sabendo que conhecem muito pouco de si e se perguntando se o conhecimento que adquiriram os ajudarão a conhecer-se. Mais adiante expõe que a forma inferiorizante de pensar sobre esses sujeitos acaba sendo uma barreira que impede seu acesso ao conhecimento de si mesmo, mas destaca que conhecer até mesmo a forma inferiorizada e como foram historicamente ignorados e segregados servirá como estímulo à resistência e reação que os levará à superação desta imagem negativa que se tem deles até por eles próprios que já internalizaram essa percepção e culpa pelo seu fracasso.
Ao questionar se é possível aprender um saber-se mais positivo, o autor considera que apesar do sistema escolar possuir currículos e estruturas que reforçam imagens de negatividade sobre as minorias, e sendo necessário tempo e outras demandas para se compreender esse processo histórico de inferiorização a que estes grupos foram submetidos é no entando possível revelar uma outra face dessa mesma história, uma face digna e positiva que será . Daí é que surgem projetos