Resenha livro Brandsense

No mundo pós-moderno em que vivemos, percebemos a existência de uma sociedade cercada por uma infinidade de ofertas de mercadorias à disposição dos compradores. Nesse contexto, a concorrência entre as empresas aumenta, e surge a busca pela diferenciação no mercado para se chegar ao topo. Para isso, as marcas deixam de ser simplesmente a identificação dos produtos para tornarem-se protagonistas das relações de consumo. Martin Lindstrom, no livro Brandsense: A marca multissensorial, apresenta novos conceitos para estabelecer maiores conectividades com os consumidores por meio da criação de uma marca que explore os cinco sentidos humanos.
O autor afirma que o marketing vem perdendo a sua eficiência, e isso se dá pelo fato de que, na maioria das vezes, na comunicação das empresas são explorados apenas os sentidos da visão e audição. Assim ele explica que vale a pena explorar outros canais sensoriais - sabor, tato, olfato - para se conseguir um impacto maior.
O livro é dividido em oito capítulos e escrito de maneira clara, objetiva, trazendo vários exemplos e com demonstrações de como marcas de grandes empresas podem fortalecer os vínculos e interagir com os consumidores através dos sentidos. Isso se deve a parceria estabelecida por Lindstrom com a agência Millward Brown, sendo esta especializada em auxiliar empresas a maximizarem o valor e o desempenho de suas marcas. A proposta do autor foi pesquisar juntamente com a agência se a experiência sensorial de marcas tem um papel crucial na criação de fidelidade à marca.
No primeiro capítulo, o autor inicia falando sobre a curiosa história de um jovem e seu relacionamento com a marca Gucci, na qual ele tratava como uma religião, e que assim, instigou Lindstrom a desenvolver a pesquisa sobre branding sensorial. Em seguida, ele faz um retrospecto da evolução da marca ao longo do tempo, e assim o leitor consegue se posicionar quanto ao desenvolvimento histórico da marca e estimula o mesmo a refletir sobre o futuro do