Resenha ilha das flores

Ilha das Flores – resenha crítica. O curta-metragem do cineasta Jorge Furtado, apresentado pela Casa do Cinema de Porto Alegre retrata a realidade de desigualdade social em um lugar chamado Ilha das Flores no Rio Grande do Sul. Este documentário apresenta basicamente o “ciclo de vida” do tomate, desde a sua produção até a sua ingestão ou contaminação para ser descartado em um lixo e em torno disso, as relações de troca realizada por seres humanos, mais especificamente na cidade de Porto Alegre. Dada à definição de ser humano como um animal mamífero bípede que apresenta encéfalo desenvolvido e polegar opositor, o japonês Suzuki, por ser um ser humano, é avaliado como apto para o cultivo de tomates. Seu Suzuki planta tomates para trocá-los pela base das trocas mundial: o dinheiro. Os tomates são então destinados ao lugar criado para trocas chamado supermercado. Neste local, o tomate e outro produto, o porco, são trocados por dinheiro pela dona Anete. Dona Anete é uma cidadã de Porto Alegre que em fábricas de perfume troca dinheiro por perfumes e troca este produto entre outros cidadãos por uma quantia maior de dinheiro. Esta atividade resulta em lucro – resultado positivo da diferença entre quantias de dinheiro. A partir de sua troca no supermercado, dona Anete tem os ingredientes necessários para preparar uma refeição para sua família, carne de porco com molho de tomate. Na preparação deste molho, ela percebe que um tomate encontra-se inadequado para o consumo, e descarta-o no lixo. O lixo atrai doenças e possui um odor desagradável, por este motivo, é levado para depósitos de lixo afastados. O depósito de lixo de Porto Alegre é chamado de Ilha das Flores. Nesta ilha, o terreno em que o lixo é depositado é pertencente a um proprietário, que também possui porcos. Os funcionários deste proprietário separam no depósito de lixo o que apresenta origem orgânica para alimentar os porcos e o que é impróprio para a alimentação dos mesmos.