Resenha do texto sobre a Caverna do Crepúsculo, de Richard Klein e Blake Edgar.

Chama de imediato à atenção logo no prefácio do texto quando os autores dizem que os seres humanos se interessam naturalmente pelas suas origens, e cada cultura concebeu suas própias lendas para explicá-las. A maior parte dessas tentativas de explicações, encontram-se centradas na figura de um criador soberano, e aceita-lás é uma questão de fé. Porém, a ciência produziu um tipo diferente de narrativa, que pode ser testada e rejeitada, com provas encontradas no solo, e evidências presentes no próprio genoma humano. De fato, até os dias atuais, essas duas formas de explicações se chocam, e da sua maneira, tentam se consolidar. O inesperado aparecimento da cultura em um período tão curto de tempo na história do homem continua a ser um dos grandes enigmas da evolução. Reexaminando as evidências arqueológicas e incluindo os mais novos estudos sobre a genética e o cérebro humano, os autores propõem uma nova teoria para explicar o mistério de como o pensamento humano se sofisticou a ponto de chegar ao nível de evolução que conhecemos hoje. As provas científicas da evolução humana vêm sendo acumuladas há mais de 150 mil anos, os recentes avanços no nosso conhecimento sobre a evolução humana devem-se tanto aos métodos de datação quanto às novas descobertas fósseis e arqueológicas, no texto será descrito as principais metodologias utilizadas para determinar a que época pertencem os materiais encontrados. Na obra é dito que na África oriental existe um pequeno abrigo de pedra talhado no Escarpamento Mau, e que pastores massai que outrora ocuparam essa região no Quênia central chamavam o lugar de Enkapune Ya Muto, ou ''Caverna do Crepúsculo''. Os sedimentos dessa caverna trazem gravadas importantes transformações culturais ocorridas há milhares de anos, entre as quais as primeiras experiências com agricultura e domesticação de ovelhas e cabras. Mas traços de um evento anterior e muito mais significativo na pré-história humana estão enterrados a mais de três