Resenha critica do filme: Seu Nome é Jonas

SEU NOME É JONAS

1 O Filme “E seu nome é Jonas” foi produzido nos Estados Unidos em 1979. A obra aborda a história de um menino que teve o errôneo diagnóstico de retardo mental, quando na verdade era uma criança surda que possuía capacidade cognitiva preservada, mas que deveria ser estimulada e, para tal, precisava adquirir uma linguagem. O surdo não precisa ser oralizado para interagir com a sociedade, uma vez que, a oralização tende a deixar marcas muito grandes na vida do indivíduo, essa necessidade de recuperar a audição e promover a fala estaria ligada a muitos sentimentos, tais como: o desejo, a dor, a privação. Oralizar significa o ato de negação da língua de surdos.
Quando se descobre o diagnóstico verdadeiro de Jonas, a família o retira da instituição destinada a deficientes mentais e o leva para casa, mas não sabe como lidar com o garoto. Por não existir uma formação específica à interpretação esta vai ocorrer de maneira informal, no contato com familiares e convívio social. Na cena em que Jonas é reapresentado ao resto da família o áudio é diminuído, para que o público tenha percepção de forma interativa de como um surdo se sente entre pessoas ouvintes, isso ocorre porque para comunidade ouvinte estar no contexto de um surdo, seria estar um lugar sem som, visto que para muitos ouvintes o fato de os surdos falarem usando as mãos, significa que não produzem barulhos. Porém se um surdo estiver em um grupo de surdos, onde todos usam as mãos ao mesmo tempo é como se fosse muito barulho, afinal eles “ouvem” com os olhos. Ao buscar uma escola para surdos a mãe de Jonas é orientada a não permitir que ele use gestos para se comunicar, mesmo em casa com a família, com a justificativa de que ele não teria disposição para aprender a falar e a fazer a leitura orofacial se pudesse se comunicar com as mãos. Essa é uma ilustração do pensamento oralista que não admite o uso da língua de sinais por entender que o surdo deve se inserir no mundo ouvinte através da