Resenha critica do filme Escritores da liberdade

As modificações físicas provocadas pela puberdade impulsionam as transformações psíquicas do indivíduo. Assim, sentimentos e sensações ainda não experimentadas dividem espaço com os conflitos já vivenciados com o (fim) complexo de Édipo. Dessa forma, dá-se espaço para as pulsões que agem diretamente no ego do adolescente influenciando em seus comportamentos.
Podem-se perceber no filme Escritores da liberdade diversos comportamentos dos alunos que se caracterizam na liberação das pulsões. Cada um com suas demandas e realidades de vida diferentes, chegam à sala de aula voltados apenas para seu Eu, pode-se notar isso pelos comportamentos rebeldes e agressivos da maioria. Isso se revela como um grande desafio para a professora que tenta de várias maneiras adentrar o mundo de cada um.
De forma dinâmica a professora conseguiu criar uma ponte de contato com os alunos, fazendo com que eles naturalmente refletissem aspectos de suas vidas a partir de fatos históricos como a tragédia de Auschwitz, através de relatos e depoimentos de pessoas que vivenciaram tal fato e de histórias de pessoas não conseguiram sobreviver. O diário que os alunos escreviam os ajudavam a lidar com seus dilemas uma vez que eles viam na escrita uma forma de desabafo, o que também, na minha opinião pode se caracterizar como liberação da pulsão.
A socialização entre os alunos também foi de extrema importância para que eles se tornassem cúmplices e assim ficassem mais fortes para lidar com suas angústias, isso também permitiu que eles realizassem atos que não seriam possíveis se não fosse essa aproximação. Como por exemplo, quando Eva vai depor como testemunha de um crime e conta toda a verdade que incrimina seu parceiro de gangue, fato que colocou sua vida em risco, mas que a deixou com a consciência tranquila.
Outro momento do filme que se pode analisar a relação de pulsão no comportamento dos alunos é quando a professora propõe que todos façam um brinde da mudança e deixem para trás seus