Resenha comparativa: o poder do macho e o filme rainha bandida

Resenha relacionada ao livro “O poder do Macho” e ao filme “Rainha Bandida”
Em "O poder do macho", Heleieth Saffioti tem como objetivo levar aos seus leitores brasileiros a conhecer melhor seu próprio país através temática: discriminação contra a mulher e o negro no Brasil. Encaminhando o leitor em cada capítulo a perceber a complexa tessitura da realidade social capitalista especificamente brasileira de forma globalizante.
A autora mostra que a naturalização dos processos socioculturais de discriminação contra a mulher e outras categorias sociais constitui o caminho mais fácil e curto para legitimar a “superioridade” daqueles que controlam o poder econômico e político, onde o poder é macho e é branco. Portanto esse sistema de dominação-exploração, baseia-se na interação entre o patriarcado, o racismo e o capitalismo.
Historicamente, o patriarcado é o mais antigo sistema de dominação-exploração. Posteriormente, aparece o racismo, quando certos povos se lançam na conquista de outros, menos preparados para a guerra. Em muitas destas conquistas, o sistema de dominação-exploração do homem sobre a mulher foi estendido aos povos vencidos. Com freqüência, mulheres de povos vencidos eram transformadas em parceiras sexuais de guerreiros vitoriosos ou por estes violentadas.
No filme “Rainha Bandida” conta a história Phoolan Devi, mulher que ainda jovem foi vendida para um homem mais velho, estrupada e humilhada por homens que a consideravam inferior a eles .E para que a história se reverte-se, teve que recusar o papel de mulher que sua cultura lhe atribuía, para ser como aqueles que eram considerados poderosos, homens bandidos.
A semelhança entre o livro e o filme são várias. Assim como Phoolan, mulheres e negros, para que tenham uma função satisfatória no mercado de trabalho, por exemplo, são obrigadas a adotar um perfil e comportamento de um homem branco.E mesmo assim, não são completamente igualados, pois na maioria das vezes seus salários, benefícios, e