Resenha casa grande e senzala

Introdução O teste em tela tem como objetivo, analisar como o autor Gilberto Freire interpretou a sociedade brasileira através de sua obra Casa-Grande e Senzala. Gilberto Freire foi um dos grandes nomes de nossa história e através da trilogia Casa-Grande e Senzala (Brasil colonial); Sobrados e mocambos (continuação de Casa-Grande e Senzala) e Ordem e Progresso (Transição do Império para a República); Freire formou um vasto painel da sociedade brasileira, contribuindo brilhantemente para a teoria da formação sócio histórica do Brasil. Para analisarmos a interpretação do autor utilizamos como fonte de pesquisa o livro publicado por Freire em 1933, sendo esta a sua primeira e mais famosa obra.

Casa-Grande e Senzala

O livro Casa-Grande e Senzala de Gilberto Freire, publicado em 1933 pode ser considerado um divisor de águas na história da sociedade brasileira, pois o autor a partir desta obra faz uma interpretação do Brasil nunca feita antes. Freire descreve a formação da sociedade brasileira composta pelas três raças: branca, índia e a negra, destacando o aspecto positivo desta miscigenação para o processo da colonização portuguesa no Brasil, opondo-se as teorias racistas da época e promovendo a tese da Democracia Racial, varrendo assim a noção de racismo do pensamento brasileiro. Freire passa de forma positiva a contribuição da mestiçagem, e transformando o nosso Brasil no País Tropical.

Quanto à miscibilidade nenhum povo colonizador, dos modernos, excedeu ou sequer igualou nesse ponto aos portugueses. Foi misturando-se gostosamente com mulheres de cor logo no primeiro contato e multiplicando-se em filhos mestiços que uns milhares apenas de machos atrevidos conseguiram firmar-se na posse de terras vastíssimas e competir com povos grandes e numerosos na extensão de domínio colonial e na eficácia de ação colonizadora. (Freire, 1992, p. 9).

Sendo assim a partir do primeiro capítulo Gilberto Freire