Renascimento Artistas

Nicolau Maquiavel
(nasceu em três de maio de 1469 ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­─ Florença, Itália) por Ariane Espíndola.
“Para bem conhecer a natureza dos povos, é preciso ser príncipe, e, para conhecer bem a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo”.
O historiador, poeta, diplomata e músico italiano Nicolau Maquiavel promoveu-me a honra de entrevistar. Falamos sobre: a sua nova obra O Príncipe que retrata como o Estado e o governo realmente são e não como deveriam ser; o período que ele esteve trabalhando na Segunda Chancelaria da República de Florença até seu afastamento; a referência a Tito Lívio nas suas obras; e a influência da Igreja na política.
Maquiavel começa a entrevista falando sobre O Príncipe:
“Não adornei nem recheei esta obra de orações amplas ou palavras pomposas e magníficas ou de quaisquer outros artifícios ou ornamentos extrínsecos, com os quais muitos soem descrever e adornar suas coisas; porque quis que nada mais a honrasse ou tornasse grata senão a exclusiva amplitude da matéria e a gravidade do assunto.” 1
Entrevistador: O atual Rei da Espanha, Fernando de Aragão, surge como um rei fraco por ser considerado “novo” para assumir um reino. E surpreende a todos com ações notáveis e algumas extraordinárias, como, logo no início do seu principado ele expugnou de Granada os muçulmanos, conquistando o prestígio e a fama para o seu reinado. Qual seria sua opinião sobre a postura de Fernando de Aragão com os seus ideais?
Maquiavel: Não há nada que faça um príncipe mais estimado que empreender grandes campanhas e dar de si memoráveis exemplos. Um exemplo de soberano que podemos citar: o próprio Fernando de Aragão que sempre fez e urdiu grandes coisas, as quais mantiveram os ânimos de seus súditos continuamente suspensos, admirados e concentrados em seu êxito. Suas ações sucederam encadeadas de tal modo que, entre uma e outra, nunca houve espaço para que os homens pudessem agir calmamente contra ele. Assim, o príncipe dando de si exemplos notáveis