Relação de John Huss e Wycliff com a reforma religiosa
Os movimentos religiosos que culminaram na grande reforma religiosa do século XVI tiveram início desde a Idade Média, através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Esses movimentos foram reprimidos, mas, na Inglaterra e na Boêmia (hoje República Tcheca), os ideais reformistas perseveraram em circunstâncias ocultas às tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.
No começo do século XVI, a Igreja passava por um período delicado. A venda de cargos eclesiásticos e de indulgências e o enfraquecimento das influências papais pelo prestígio crescente dos soberanos europeus, que muitas vezes influenciavam diretamente nas decisões da Igreja, proporcionaram um ambiente oportuno a um movimento reformista.
Lutero admirava os escritos e as ideias de Jan Huss sobre a liberdade cristã e a necessidade de reconduzir o mundo cristão à simplicidade da vida dos primeiros apóstolos. Através de exaustivo estudo, Lutero encontrou respostas para suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender A doutrina da salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências. Deus sempre levanta homens simples que sonham em ver a verdade de Deus como luz e guia dos homens. Muitos jovens, homens e mulheres de hoje buscam realizar seu sonho pessoal ou projeto de vida, mas poucos estão dispostos a abraçar o projeto de Deus e lutar contra o erro e o engano. É sobre isso que tratamos no próximo ponto.
Huss, influenciado pelos escritores de John Wycliff, tornava-se cada vez mais um apaixonado pela reforma da Igreja de Jesus Cristo. Começa então a andar em terreno perigoso. Em 1405 declara que a suposta aparição do sangue de Cristo nos elementos da comunhão não passava de embuste. Em seus sermões, condenava o pecado dos padres, bispos e arcebispos. Declarava que os crentes tinham o mesmo direito que os sacerdotes de participarem do cálice na ceia, e não somente do pão.