A Vida De Martinho Lutero

1058 palavras 5 páginas
Quando os princípios essenciais de uma crença se encontram abalados pela própria fraqueza de seus principais representantes fica muito difícil sustentar essa doutrina. Durante a “longa noite” medieval (expressão questionada por muitos especialistas nesse período da história européia) a Igreja Católica utilizou-se de vários expedientes para manter-se poderosa e respeitada, mesmo que a duras penas, apesar dos desvios em relação à fé original que professava.
Isso significou, na prática, a adoção de uma série de procedimentos que contrariavam frontalmente os mais elementares ditames cristãos, como os posicionamentos de Jesus em relação à misericórdia e sua defesa ardorosa da vida e da possibilidade de redenção dos pecados. Os tribunais do Santo Ofício da Inquisição executaram uma quantidade grandiosa de vítimas, muitas delas inocentes, simplesmente para garantir a obediência “virtuosa” a interesses escusos (pessoais ou materiais) de bispos e padres, paróquias e dioceses.
A venda de indulgências (o perdão dos pecados), a simonia (o comércio de falsas relíquias religiosas), a falta de vocação e virtude dos clérigos (que se juntavam as ordens católicas para desfrutar de maior poder, influência e acesso a benefícios materiais), o controle do conhecimento por parte dos religiosos ou ainda o monopólio da Bíblia se tornaram cada vez mais incômodos para os fiéis, que a partir do ressurgimento das cidades e do comércio assistiram o surgimento dos primeiros movimentos de contestação ao domínio da Igreja.
Martinho Lutero, diferentemente de seus antecessores no questionamento dos privilégios e desvios do clero católico (como John Huss ou John Wycliff, condenados pela Inquisição), teve a seu favor todo um contexto histórico favorável a mudanças. O advento das monarquias e estados centralizados rivalizava na disputa pelo poder terreno com o papado e os bispados. O crescimento da influência da burguesia era tolhido pela não aceitação da cobrança de juros em empréstimos ou vendas

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