Rap e Hip Hop Nacional
Lucas Quinelato Cavalcante
Movimento Hip-hop e Rap Nacional
Um dos grupos sociais que atua de maneira intensa nas comunidades carentes e bairros menos privilegiados, é o movimento hip-hop. Podemos destacar o rap nacional, que além de possuir uma ideologia propriamente dita, é base de diversos projetos sociais, como o incentivo ao não uso de drogas e a não violência. Na comunidade de Capão Redondo, um grupo chamado Racionais’Mc, foi um dos primeiros a interagir com as favelas brasileiras, versando sobre drogas, paz, e o cotidiano da comunidade. Em suas letras, como “Negro Drama” ou “Vida Loca parte 1” expressam uma intensa crítica à sociedade e política – portanto acabam caracterizando uma relação de opressão. Além dos problemas intrínsecos da comunidade, o rap nacional versa muito acerca da batalha contra os preconceitos existentes. A radiodifusão brasileira tem uma boa abertura para o rap, porém não o suficiente para uma repercussão efetiva. Esse estilo, hoje, se propaga sobre tudo na internet. Muitos CDs são produções independentes que acabam sendo difundidos gratuitamente. Um exemplo é o “laboratório fantasma”, organizado pelo rapper Emicida – que apoia o rap que considera ter potencial. Em seu início o rap era visto como um movimento suburbano e marginal, cujas músicas eram direcionadas somente para o crime e violência. Isso se dava em função de uma interpretação distorcida das letras. O rap tentava mostrar que o crime era cotidiano e realidade constante pra muitas pessoas e, por vezes, isso era compreendido como uma apologia ao crime e outros problemas sociais. Atualmente o rap vem sendo menos discriminado, por estar mostrando com o tempo e apoio de alguns importantes expoentes. O movimento vem mostrando sua real importância e valor cultural na sociedade, servindo de exemplo e inspiração para muitos jovens da periferia quanto aos riscos do crime – sempre guiando-os para o trabalho, dedicação e superação.