Ractopamina

Nos últimos meses, surgiram grandes questionamentos sobre a qualidade da carne brasileira gerados por países como Rússia e China. A recente decisão da Rússia em suspender a compra de carne suína de 18 frigoríficos brasileiros que utilizam a ractopamina na produção de carne, levou a uma indagação recorrente na imprensa e nas redes sociais: essa substância afeta a saúde do ser humano? Qual seu papel na indústria da carne? Isto porque laboratórios russos identificaram traços de ractopamina, um melhorador de crescimento, em lotes de carnes. Países europeus e asiáticos, incluindo a Rússia e a China, não aceitam o uso desse produto. Os Estados Unidos, Brasil e Japão aceitam. O diretor técnico do Instituto Catarinense de Defesa Agropecuária (ICASA), médico veterinário Gerson Catalan, esclarece que a ractopamina é utilizada pelos países mais avançados e não representa qualquer perigo ao consumidor. Se por um lado, os países que embargaram a carne brasileira não acham suficientes os estudos e dados de que a substância é segura para consumo humano, por outro, grandes órgãos de regulamentação, como o Codex Alimentarius, permitem o uso da Ractopamina, com restrições quanto ao limite máximo. O limite máximo de resíduos de ractopamina é de 50 e 10 ppb nos EUA e no Japão, respectivamente.
Quais os principais países desenvolvidos que a utilizam?
Estados Unidos e Canadá, que são grandes exportadores de carne suína.
Não há nenhuma comprovação de que o uso do produto possa fazer mal ao ser humano.
Por que é proibida em alguns países?
Os países que fazem restrição ao seu uso seguem o que a União Européia preconiza. Na prática, é a não comprovação de possíveis malefícios é que os levam a não utilizar. Entre os importadores de carne bovina do Brasil que não aceitam o uso da ractopamina - por conta do chamado princípio de precaução - estão, além da Rússia, União Europeia, China, Irã, Egito, Chile, Bielorrússia, Cazaquistão. Esses