Racismo e Xenofobia na Europa
Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser tratados de forma distinta.
Xenofobia (do grego ξένος, translit. xénos: "estranho"; e φόβος, translit. phóbos: "medo."1 ) é o medo, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros,2 a desconfiança em relação a pessoas estranhas ao meio daquele que as julga ou que vêm de fora do seu país. A xenofobia pode manifestar-se de várias formas, envolvendo as relações e percepções do grupo em relação ao exogrupo, incluindo o medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades, agressão e desejo de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza. A xenofobia pode ter como alvo não apenas pessoas de outros países, mas de outras culturas, subculturas, sistemas de crenças ou características físicas. O medo do desconhecido pode ser mascarado no indivíduo como aversão ou ódio, gerando preconceitos. Note-se, porém, que nem todo preconceito é causado por xenofobia.
O racismo e a xenofobia se infiltraram e se acentuaram na sociedade europeia com a teoria sobre o "choque de civilizações" e o medo do terrorismo após o 11 de setembro, e pelo endurecimento dos discursos políticos contra a imigração, segundo relatório anual da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI).
A presidente da comissão, a dinamarquesa Eva Smith Asmussen, apresentou o documento à imprensa hoje em Paris. Asmussen e a secretária-executiva da ECRI, a francesa Isil Gachet, se mostraram pessimistas sobre a situação do racismo e da xenofobia na Europa, cuja tendência "não é muito