Questao social quanto a hidreletrica de belo monte

Planejada para ser instalada em uma das áreas de maior diversidade cultural e biológica do país, a hidrelétrica de Belo promoverá até 80% de redução da vazão de um trecho de mais de 100 km do rio, denominado Volta Grande do Rio Xingu, atrairá uma população estimada em 100 mil pessoas e causará o deslocamento compulsório de cerca de 40 mil. Nesta área, residem os Arara, os Juruna, os Xikrin e milhares de famílias ribeirinhas, indígenas e não-indígenas.

Ainda no Médio Xingu e seus tributários, residem os Parakanã, os Asurini, os Kararaô, os Araweté, os Arara, os Xipaia e Kuruaia e centenas de famílias que habitam as Unidades de Conservação que conformam o corredor ecológico do Xingu (Resexs, APA, FLONA, ESEC, PARNA). Mais próximos das cabeceiras do rio, estão os Kayapó do Sul do Pará, os Metuktire, os diversos Povos do Parque Indígena do Xingu e grupos indígenas voluntariamente isolados, que transitam na fronteira dos Estados do Pará e Mato Grosso.
Fonte: frentedeacaopro-xingu.blogspot.com.br

Belomonte está localizada na Amazônia Legal, que deve ter 80% de suas terras preservadas. Só isso já é razão para avaliar cuidadosamente a obra. O uso da energia da Hidrelétrica gerado pela Usina também não está claramente demonstrado em termos econômicos. Isso levanta a suspeita de que seja usada para incentivar mineração em áreas de reserva legal, o que também é um perigo e possivelmente um crime ambiental.
A vazão regulada de Belomonte, ao que tudo indica, inviabiliza atividades pesqueiras não só a jusante da barragem, mas também na chamada Volta Grande, que terá sua água desviada para o enchimento do reservatório. Medidas mitigadoras e compensatórias sobre os impactos no meio antrópico, fauna e flora destas medidas também não foram adequadamente equacionadas.
Tampouco foi equacionada a reformulação da vida de populações indígenas que serão afetadas indiretamente por Belomonte, pois terão seu modo de vida tradicional inviabilizado nas imediações da represa.
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