QUEM CHEGA PARA O ASSISTENTE SOCIAL
Uma resposta simples, mas extremamente polêmica. No transcorrer da história do Serviço Social a subjetividade sempre foi uma categoria emergente.
Mary Richmond, em sua época, já incluía a necessidade de se estar atento às emoções do “cliente”, onde não se ignorava que era um indivíduo que chegava para o assistente social com todas as suas idiossincracias. No entanto, nesse período, para compreendê-lo, o Serviço Social foi buscar nas teorias da psicanálise (Escola Diagnóstica) e da psicologia (Escola Funcional) subsídios para tanto, em que centrava sua ação profissional nas noções de “relacionamento” (relationship) e nas de relações humanas (human relations). Esta busca levou ao psicologismo excessivo da profissão, cujo eixo se dava através das relações interpessoais, concretizada por uma prática profissional des-historicizada e despolitizada em que se buscava a adaptação destes indivíduos, já que se trabalhava a partir da resolução de conflitos com foco na culpabilização dos mesmos. A partir desta perspectiva, a subjetividade, ao longo da história da profissão vem se mostrando como um ‘nó’ a ser superado, já que, para romper com a perspectiva teórica reducionista, a categoria optou em abandonar teoricamente a subjetividade porque a mesma fazia parte essencial da herança do Serviço Social tradicional e das práticas terapêuticas. No entanto, na prática, a subjetividade continua a ser um “nó” porque quem chega para os assistentes sociais é um sujeito que vai trazer a conjuntura através da manifestação de sua subjetividade, que vai se expressar em seus espaços afetivos e de relações. Portanto, inviabilizar, pura e simplesmente, a compreensão da subjetividade sem explicá-la à luz das teorias-críticas é consolidar um dos “nós” atuais que enreda os assistentes sociais em seus contextos de prática cotidiana.
Embora a Questão Social agregue a apropriação da constituição da sociedade capitalista