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O criador, mais ético, perguntou se a fórmula desse cliente estava sendo atualizada, pergunta básica para um retorno definitivo aos patamares de lucro desejados.
Resposta : silêncio.

Uma colega, recém saída de um MBA sai então com a pérola : "temos então que estimular a auto-medicação."
Resposta : aplausos.

Ficou claro que não se buscava uma solução intrínseca para o problema.

O marketing deve ser um potencializador de qualidades. Uma ferramenta que opera elementos definidos pela empresa cliente, e não uma varinha mágica que cria o que não existe.
Nascem as empresas marketing oriented em detrimento das product oriented.
Tudo em função do resultado financeiro melhor possível. E melhor,para quem pensa assim, é mais dinheiro, não importando as ferramentas e mentiras.

Marketing oriented : estimular a automedicação

Product oriented : atualizar a fórmula.

A boa criatividade potencializa a marca ética, é inteligente e divertida.
A má criatividade apenas procura dissimular deficiências através de apelos, ou, por que não, da chantagem emocional.

Nicola Abbagnano (dicionário de filosofia) : escrúpulo é uma hesitação em agir, por incerteza ou pela procura de uma melhor avaliação da situação, por não se saber se a ação projetada é correta ou não.

Infelizmente, para alguns profissionais antiéticos do mkt, estes são sinais de insegurança, e não de caráter e profissionalismo.

"Ao abandonar a condição de academia de ginástica que colabora com o fortalecimento de dotes do próprio corpo das marcas e contribui na correção de posturas empresariais para se converter em clínica de siliconagem com a função de agregar elementos que entende como apropriados ao mercado, o marketing perde a intimidade com as marcas"(Vieira, Marca, pag 38)

O marketing deve, portanto, ser a última etapa do processo da composição da marca, e não o contrário. O marketing deve adaptar-se à marca, e não a marca ao marketing.
Quando uma solução externa é importada, na verdade se procura um elemento