Psicologia na fisioterapia

10348 palavras 42 páginas
Relação fisioterapeuta-paciente e a integração corpo e mente:Um estudo de caso

Relação fisioterapeuta-paciente
Desde muito tempo, estuda-se a relação entre corpo e alma. Inicialmente, o corpo foi considerado exclusivamente instrumento da alma, mas, com o dualismo cartesiano, corpo e alma passam a ser considerados duas substâncias diferentes e independentes. Essa forma de pensar influenciou e influencia até hoje o pensamento médico-científico ocidental, que passa a conceber o corpo fragmentado em duas partes : fisiológico e psicológico, destinando a diferentes especialistas o cuidado de cada uma de suas partes . Nasce, aqui, a dificuldade da fisioterapia em considerar a dialogia corpo mente, com implicação direta na relação fisioterapeuta-paciente.
Para o fisioterapeuta, tratar o paciente representa, muitas vezes, uma rotina: ele já está familiarizado com as doenças, seus sintomas, as reações dos pacientes e as restrições do tratamento, o que o leva a preocupar-se somente com a solução da queixa física do paciente. Expectativas e emoções diante da limitação física e do próprio tratamento não são, comumente, consideradas relevantes pelo profissional para o sucesso do tratamento. É preciso considerar que a experiência de estar próximo ao sofrimento de outros (in)sensibiliza os profissionais que, por vezes, se recusam a conhecer as circunstâncias de vida do paciente, evitando o confronto com seus sentimentos, isso talvez pela crença de que sua formação profissional não abarque esses possíveis aspectos da vida humana (Boesch, 1977), o que é legitimado, em parte, pela estrutura curricular dos cursos de formação profissional. Existe também a idéia – compartilhada por pacientes, familiares e profissionais – de que o afastamento emocional é facilitador da objetividade que acompanha a competência para a cura. Assim, conforme Boesch, o profissional desenvolve mecanismos de defesa que, dentre outras consequências, tenderão a substituir o indivíduo pelo caso clínico,

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