Psicologia do trânsito
Um dos maiores desafios ao trabalho do psicólogo de trânsito sempre foi a construção do perfil de bom motorista, cuja fundamentação científica ainda não foi alcançada, porém. A importância de se conhecer o perfil de bom motorista estaria na possibilidade de se desenvolverem ferramentas de avaliação psicológica em conformidade com este perfil, e que, portanto, selecionariam adequadamente os candidatos à carteira de habilitação (FARINA apud SCHWARZER, 2006).
Em 1941, houve a criação do primeiro Código Nacional de Trânsito (CNT), onde são estabelecidos exames psicotécnicos para aspirantes a condutor profissional e para motoristas envolvidos em acidentes, mas apenas em 1953 os testes psicotécnicos se tornam obrigatórios a todos os candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em 1966 um novo código de trânsito entra em vigor, constituindo-se em importante marco, porque “viria ratificar com mais força a obrigatoriedade da introdução dos exames psicológicos para a obtenção da carteira de habilitação em todos os Estados brasileiros. Além disso, este Código foi extremamente importante na medida em que proporcionou os conceitos de unificação e uniformidade em relação à avaliação de condutores” (HOFFMANN apud SCHWARZER, 2006).
De acordo com a Resolução CFP 007/2009, o candidato, independente da atividade (se utiliza o veículo automotor para atividade remunerada ou não remunerada), deverá ser capaz de apresentar:
1. TOMADA DE INFORMAÇÃO
1.1. Atenção em seus diferentes tipos, como: atenção difusa / vigilância / atenção sustentada; atenção concentrada; atenção distribuída / dividida; atenção alternada, conforme definidas pela literatura e pelos manuais de instrumentos padronizados.
1.2. Detecção, discriminação e identificação: estes aspectos fazem parte e são recursos utilizados quando se responde a um instrumento para avaliar a atenção. Porém, eles também devem ser aferidos por meio da entrevista, criando situações hipotéticas