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RESENHA - LEVIATA

O homem , ser racional necessita constantemente de ter certezas que o faça acreditar que domina o mundo, a natureza e as ciencias ,vivendo constatemente em busca de novas técnicas e descobertas, contudo todos os fenômenos que o circundam sao dinâmicos e mutáveis , ciclicamente o que hoje e uma verdade, amanha pode ser adaptado e transformado. Logo o homem se conscientiza que e falível e limitado quando se propõe a dominar a natureza.
Segundo Fritjop Capra, nas ultimas decadas, o racionalismo cartesiano não conseguiu responder a algumas perguntas importantes para a ciência, em vista da complexidade dos fenômenos estudados. Capra defende o surgimento de um novo paradigma cientifico, que se caracteriza fundamentalmente pela necessidade de alteração na forma de percepção da realidade, quer pela mudança de olhar sobre o objeto pesquisado, quer pela exigência de uma consciência ecológica e holística, ou pela negação da efetividade do método da fragmentação dos elementos do mundo como forma de compreensão da natureza.
Assim como Capra, Boaventura Souza Santos acredita que estamos presenciando uma fase de transição no qual deve o cientista resgatar o lado humano das ciências.

Como ciência, o Direito tambem passa por uma mudança de paradigmas. Kelsen, constrói uma teoria que analisa o Direito sem a interferência de outras ciências, entendendo que esta era a única forma de saber “o que seria” o Direito. Essa forma de raciocínio implicou uma visão científica isoladora do Direito, com a desconsideração de suas relações com os demais elementos da vida humana. O universo, assim como a sociedade humana, é uma intensa e complexa teia de relações entre todos os seus elementos. A busca da compreensão de cada um desses elementos não pode, contudo, ocorrer com a desconsideração de toda a complexidade das ligações da natureza. Por outro lado, a fragmentação de cada elemento em suas partes menores também implica a desconsideração do comportamento do sistema