Professor

A DITADURA QUE NÃO ACABOU Isabela Lopes Polato1 Lomanto Kennedy Amorim Rodrigues2

RESUMO: o objetivo do presente artigo é destacar a importância de se conceber o conhecimento para além de suas limitações didáticas. Sustentamos que a experiência é determinante na construção do saber, possibilitando ao indivíduo mesclar certos conceitos teóricos a uma realidade prática. A Ditadura Militar no Brasil é um importante acontecimento na história do nosso país, que devido a sua magnitude, deixou marcas que ainda permanecem visíveis em determinados seguimentos da nossa sociedade. Não obstante, o nosso intuito é pontuar a não limitação do conceito “ditadura” a um evento isolado, apontando alguns exemplos práticos de que impor a força sobre o outro é tido como algo aceitável. A seguir dissertaremos sobre qual é a relação dos princípios citados acima com o ensino de história.

Palavras-chave: Experiência, Conhecimento, Construção.

INTRODUÇÃO
A repressão contra o mais fraco sempre foi algo presente na história da humanidade. As relações de poder, até mesmo entre os demais seres vivos, ditam o ritmo da vida e determinam os rumos que ela tem que tomar. Segundo Blackburn, o poder é a capacidade de o indivíduo conseguir algo, quer seja por direito, por controle ou por influência; ou até mesmo a capacidade de mobilizar forças econômicas, sociais e políticas para se obter o que deseja (BLACKBURN, 1997:301). Estamos no ano de 2014 da era cristã e, exatamente no dia 1 de abril do presente ano completaram-se 50 anos do Golpe Militar no Brasil, quando foi destituído o então Presidente da República João Goulart. O regime ditatorial no Brasil durou até 1985, quando houve a ascensão de José Sarney na retomada da república. O Regime Militar no Brasil é o exemplo recente mais extremo de relação e imposição de poder que temos no país. As atrocidades,