Professor

Márcia Torma de Melo

Resumo: Este trabalho tem como objetivo fazer uma discussão teórica sobre a Diversidade Indígena em sala de aula, traçando um parâmetro entre a identidade histórica e cultural dos índios Kaingangs inseridos em uma comunidade escolar, de educação infantil, na cidade de Dois Irmãos. Também trará a realidade da inserção destes em uma contexto cultural diferente e os problemas com a aceitação de uma cultura historicamente segregada e incompreendida e os meios de promover a reversão deste preconceito. Neste sentido, a pesquisa bibliográfica ou documental proporcionará fundamentos para as atividades realizadas que tiveram o objetivo de promover o reconhecimento e o resgate desta cultura.

Palavras-chave:Kaingang; Escola; Diversidade indígena.

Introdução
A cultura indígena está presente no nosso dia a dia, na língua, no alimento, na criação de utensílios, no artesanato, no modo de ser. Muitas pessoas, sem consciência histórica, não se dão conta da importância que a cultura indígena tem, discriminando-os em razão da pele parda. Atualmente, no imaginário do povo brasileiro, ainda descreve-se o indígena como aquele personagem nu, pintado, que usa cocar e caça com arco e flecha. É indispensável fazer o povo brasileiro perceber que sua raiz está na cultura indígena, sem esquecer-se da africana, também, e quão importante é para a formação do mesmo e, para a construção da identidade nacional. Para isso, foi criada a lei nº 11.645/08, da LDB, que torna obrigatória, essa temática, no currículo oficial da rede de ensino. Mas, alei só no papel não basta para combater o preconceito e a falta de informação sobre os índios: são necessários que saiam da teoria e se concretizem na prática. Portanto, a escola é um lugar central e importante para trabalhar a Diversidade Indígena com as crianças, futuros cidadãos livres de preconceito.
Mesmo após cinco séculos, uma intensa miscigenação entre povos europeus, africanos e indígenas e uma série de mudanças