Processo de estabilização monetária

A característica principal da moeda é a sua liquidez. Outras características da moeda são: reserva de valor, instrumento de troca e unidade de conta. A estabilidade de uma moeda exerce papel fundamental na percepção dos agentes econômicos e influencia diretamente no desempenho da economia. O Brasil passou por alguns momentos de instabilidade e inflação descontrolada, que geravam perdas para o país. A inflação prejudica a moeda, primeiramente diminuindo sua capacidade de valor, posteriormente destrói sua função como unidade de conta e por fim, reduz a capacidade da moeda de servir como meio de troca. O mais recente e bem sucedido plano de estabilização de moeda no Brasil ocorreu no início da década de 90.
“É muito antiga a caraterização da moeda, seja como uma mercadoria, seja, no outro extremo, como produto da linguagem jurídica, através das funções que cumpre. Dentre os economistas, em especial, é muito comum esta definição "funcional" da moeda, bem como a especificação de suas três funções básicas: (i) a de servir como meio de pagamento; (ii) a de permitir a transferência no tempo de poder de compra, ou seja a de servir como reserva de valor; e (iii) a de oferecer à economia um unidade de conta para se referenciar valores. Já os advogados definem o que é dinheiro enfatizando, por um lado, o aspecto formal de suas funções - e por isso enxergam apenas as funções de meio de pagamento e unidade de conta - e, por outro, a capacidade de um estado soberano dizer o que é a sua moeda nacional.”
No ano de 1992, apenas quatro países no mundo apresentaram inflação superior a 1.000 por cento. Sendo eles: a Ucrânia, a Rússia, o Zaire e o Brasil. Nos outros países a principal causa para a inflação absurda foram problemas políticos que afetaram a economia. No Brasil a economia não estava mal, a indústria apresentava um aumento da produtividade, as exportações cresciam e o PIB crescia.
O processo de estabilização da moeda no Brasil começou em 14 de junho de 1993, com o