Praticas complementares em saúde

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1. Introdução

A maioria das práticas complementares dá ênfase ao tratamento da pessoa doente e não propriamente à doença. Para as práticas, o corpo consiste num sistema indivisível de partes inter‑relacionadas e os preceitos que lhe dão sustentação são frutos da observação e da percepção do homem, da natureza que o cerca. Essa concepção holística está muito mais próxima da moderna abordagem sistêmica do que o modelo cartesiano, sobre o qual a medicina ocidental tem se apoiado nos últimos séculos.
Justifica‑se o crescente interesse da utilização dessas práticas, em parte pelas limitações que a medicina ocidental tem encontrado no tratamento e cura de muitas doenças, especialmente as crônicas e degenerativas, devido a seu ponto de vista unidirecional, parcial e reducionista. Em contrapartida, as práticas integrativas e complementares têm alcançado grande sucesso e êxito no controle e tratamento de doenças, trazendo bem‑estar e melhor qualidade de vida para os usuários. O uso das práticas complementares é desafiador, pois requer novas abordagens e formas de pensar, exigindo disposição na construção de outros paradigmas, que permitam percepções mais amplas, a fim de perceber e atuar, tanto no micro quanto no macrocosmo do universo humano. Muitas vezes os “roteiros” utilizados para se alcançar determinados resultados não se parecem em nada com os convencionais, mas isto não os torna irreais ou menos eficazes. Para quem utiliza esse tipo de prática, é necessário estar preparado para a mobilização de conhecimentos que vão além do território que a comunidade científica estava acostumada a trilhar. A exemplo do que acontece na Astronomia, que, na busca por novas descobertas no universo, é impelida a construir novos conceitos a partir de achados inusitados, as práticas complementares, em consonância, vêm convidar o leitor a aventurar‑se por novos caminhos, onde achados surpreendentes precisam ser registrados, identificados e testados, e não apenas ignorados por

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