Potenciometria

Universidade Federal Fluminense Instituto de Química
Disciplina: Análise Instrumental I Experimental

Relatório de Análise Instrumental Experimental I Potenciometria (I)
Niterói, 23 de novembro de 2013.
Introdução
Os métodos potenciométricos de análises baseiam-se na medida do potencial de células eletroquímicas, sem o consumo de corrente. Nesses métodos, as concentrações de espécies iônicas são medidas diretamente a partir do potencial de eletrodos de membranas seletivas a íons que são relativamente livres de interferência1. O equipamento empregado nesse tipo de análise inclui um eletrodo de referência, um eletrodo indicador e um dispositivo de medida potencial1. O potencial de uma célula pode ser calculado pela seguinte equação:
Ecel=Eind-Eref+Elj
Sendo, Ecel o potencial da célula, Eind o potencial de meia célula do eletrodo indicador, Eref o potencial de meia célula do eletrodo de referência e Elj o potencial de junção líquida.
Na potenciometria direta ocorre a comparação do potencial desenvolvido na célula quando o eletrodo indicador é imerso na solução do analito, com o seu potencial quando imerso e uma ou mais soluções padrão de concentrações conhecidas do analito. Esse método se baseia na equação de Nernst, representada abaixo, e está relacionado com a atividade do analito, já que esta é proporcional ao potencial gerado pelo eletrodo indicador. A atividade é, então, utilizada para medir a concentração do analito em uma determinada amostra2.
Eind=E°-RTnF lnαredαoxiSendo, E° o potencial padrão, R a constante dos gases, T a temperatura absoluta em Kelvin, n o número de elétrons na semi-reação (equiv. mol-1), F a constante de Faraday, e αred e αoxi as atividades das espécies reduzidas e oxidadas, respectivamente.
A potenciometria direta tem grande aplicação nas medições de pH no sangue e são de grande utilidade na medição de cálcio, uma vez que a medição de cálcio iônico tem uma maior relevância clínica em relação à extensão