portugal
Crise e queda da Monarquia
Nos finais do séc. XIX fez-se sentir a descrença no regime monárquico em Portugal.
Esta situação ficou a dever-se a vários factores:
Em 1890-1892, uma grande crise económico-financeira assolou a Europa atingindo também Portugal. Portugal era nesta altura um país predominantemente agrícola com fraca industrialização. A balança comercial era deficitária e Portugal tinha um grande défice externo. Os sinais desta crise foram a falência de bancos e de empresas, o aumento da divida pública, a desvalorização da moeda e o consequente aumento da inflação. Tudo isto acabou por conduzir a um aumento dos impostos, facto que agravou as condições de vida das populações, sobretudo das classes média e do operariado. Para além do aumento dos impostos, registou-se ainda um aumento do desemprego que conduziu a um clima de descontentamento social através de greves e manifestações e de instabilidade política. Tendo em conta este descontentamento que então se vivia foram fundados dois novos partidos políticos: o Partido Republicano e o Partido Socialista. O Partido Republicano fundado em 1870 aproveitando a liberdade de imprensa, passou a desenvolver uma intensa campanha contra a Monarquia. Simultaneamente, realizava manifestações e comícios muito concorridos nas principais cidades do país. O seu crescimento foi rápido, tendo mesmo conseguido eleger deputados para o Parlamento. A base social de apoio do republicanismo era composta por elementos da baixa e média burguesia descontentes com a difícil situação económica e política do país e por sectores importantes do operariado que acreditava que com a instauração da república podiam ver melhoradas as suas condições de vida e ainda com o apoio de atividades revolucionários de sociedades secretas como a Maçonaria e a Carbonária. O Partido Socialista fundado em 1875 não teve grande número de apoiantes. Este partido criticava a sociedade capitalista e não aceita a