Portugal no novo quadro internacional

Unidade 3: Portugal no Novo Quadro
Internacional

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«Não há outra vias (políticas, económicas, sociais), não há outra maneira de viver, de educar, de instruir, de tratar, de organizar o lazer, de viajar, de se divertir, da amar. A abertura à Europa e ao mundo oferece-nos nesta sociedade normalizada a tecnociência ao serviço da globalização.»

José Gil, Portugal, Hoje. O medo de existir, O relógio d’Agua, Introdução
Portugal, na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, conheceu uma mudança radical do conceito estratégico nacional.
Esta mudança, não foi apenas no regime político, com o regresso à democracia. Tratou-se, também, do processo de descolonização, que acompanhou o processo de democratização. O que é novo na vaga de descolonização é a sua radicalidade representando o fim de um ciclo histórico, como algumas pessoas afirmavam na época “era o regresso à velha Europa”. Em que Portugal entra numa comunidade europeia, assunto à muito planeado.
Em 1 de Janeiro de 1986, Portugal integra-se na Comunidade
Económica Europeia (CEE). Consumava-se uma das ocorrências mais significativas da nossa história recente, cujas implicações são de natureza vária: económica, social, cultural e política.

3.1.1 - A evolução económica: Da integração a 1992
A integração na CEE segue-se a um período particularmente difícil para os portugueses. Pouco mais de uma década volvida sobre a Revolução de
25 de Abril, permaneciam ainda alguns focos de crispação política, em parte, pelas dificuldades económico-financeiras:
• Elevadas taxas de juro;
• Forte inflação que consumia salários;
• Desemprego;
• Escasso desenvolvimento tecnológico;
• Débil dinamismo empresarial;
• Carências na rede de comunicações.

3.1.1 - A evolução económica: Da interação a 1992
Em 1986, a adesão à CEE proporciona a Portugal, vantagens assinaláveis. Chegam apoios de ordem técnica e um largo afluxo de capitais, no âmbito dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesão, destinados a aproximar o país dos