Politica no Brasil
"O debate não é só sobre a Síria, mas sobre como a comunidade internacional lida com situações assim. Isso pode acontecer num país em que o Brasil tem fortes interesses econômicos, como Angola, e aí já se estabeleceram regras pra lidar com esse conflito das quais o Brasil não participou."
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O chanceler Figueiredo declinou o convite para participar da conferência sobre a Síria, com a justificativa de que ficaria no Brasil para preparar a participação da presidente Dilma Rousseff na reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O Itamaraty enviou seu secretário-geral, Eduardo dos Santos, a Montreux (onde foi realizado o início da conferência da Síria).
Em relação a Munique, o Ministério não justificou a ausência de um representante brasileiro.
"A gente vê uma posição passiva brasileira em todas as áreas. Não vemos o chanceler no debate público porque existe um processo de centralização do poder no Planalto e Dilma não dá a ele muita liberdade para se pronunciar sobre questões como a Síria, por exemplo. O chanceler não se engaja muito com a sociedade civil e isso não é só culpa do Itamaraty", afirma o especialista.
Questionado pela BBC Brasil, o Gabinete da Presidência disse que não responderia às críticas.
Já o Itamaraty enviou um e-mail à BBC dizendo que "o Brasil sempre se faz representar em todos os organismos internacionais e privilegia sempre o diálogo nos foros e mecanismos multilaterais. A atuação brasileira nessas instâncias é pautada por princípios permanentes, que dão continuidade e consistência à política externa."
A chancelaria afirmou ainda que a atuação da diplomacia brasileira segue "diretrizes e objetivos definidos conforme interesses nacionais" e ressaltou que "é um dos 12 países do mundo