Poder e estado para sao tomas de aquino

Poder e Estado
A lei possui vários sentidos. A teoria tomista admite varias dimensões de leis. A lei é eterna, natural, comum a todas as gentes oi humana. Lei eterna: é a lei promulgada para Deus, e que tudo ordena, em tudo está e tudo rege; lei natural: é a lei comum entre homens e animais; lei comum entre todas as gentes: trata-se da lei extraída da lei natural, e comum somente a todos os homens; lei humana: lei puramente convencional e relativa, altamente contingente, e que deve refletir o conteúdo das leis eterna e natural.
A ordem natural é dada pela lei eterna (lex aeterna). Trata-se de uma lei eterna, porque é promulgada por Deus, e não está sujeita as vicissitudes a que as leis humanas estão. A ordem existe e é imperativa, regente do todo, a partir da razão divina, que a tudo inspira. A lei eterna é o inicio e o fim do todo universal. Segundo São Tomás “todo o conjunto do universo está submetido ao governo da razão divina” ( Sum. Theol.,I-II,q.91,art,1,resp)
A lei natural (lex naturlis), na teoria tomista, representa uma participação racional na lei eterna. A natureza está prenhe do que é divino, e por isso, retrata em parte a lei divina. Assim o justo natural forma-se, não porque foi declarado pelo legislador, mas porque existe na natureza, é nela que residem os princípios da justiça natural. Como o ser humano é mutável, Aquino diz que a apreensão do que é natural pode falhar. O jusnaturalismo tomista não vislumbra algo absoluto, mas um poder de justiça variável e contingente como a razão humana. E é a partir das leis naturais, em sua variabilidade que surge a justiça dos agentes, ou seja, como uma derivação da lei natural comum a todos os povos.
A lei humana(lex humana), é fruto de uma convenção; não possui força por si só, mas se adquire a partir do momento em que é instituída, representa a concretização da lei natural, é o que é indiferente até que seja declarado vinculativo pela vontade do legislador. A lei humana deve retratar o que eu a lei