Plano Bresser

Plano Bresser
O Plano Bresser anunciado em 12 de junho de 1987 continha tanto elementos ortodoxos, como heterodoxos. Não tinha por objetivo inflação zero, nem eliminar a indexação, apenas deter a aceleração inflacionária e evitar a hiperinflação, promovendo um choque deflacionário com a retirada do gatilho e a redução do déficit público. Plano Bresser contrário do que se supunha no Cruzado, era considerado um plano de emergência.
Uma das principais medidas do plano foram o congelamento de salários por 3 meses, com o resíduo inflacionário sendo pago em 6 parcelas a partir de setembro; o congelamento de preços por 3 meses; mudança da base do Índice e Preços ao Consumidor; desvalorização cambial de 9,5% e a criação da Unidade Referencial de Preços.
Diferente do Plano Cruzado, o Plano Bresser adotou-se uma política monetária e fiscal ativa, mantendo a taxa real de juros positiva, para inibir a especulação com estoques e o aumento do consumo. Embora tenha sido bem-sucedido na recuperação da Balança Comercial e na queda inicial da inflação, o Plano Bresser provocou uma queda significativa na produção industrial.
Quando se iniciou a descompressão, voltaram à aceleração inflacionária e várias pressões por reposições salariais, inclusive a recuperação das perdas com o resíduo do gatilho. Isso praticamente acabou com o plano, que se assentava em larga medida na contenção salarial e na elevada taxa de juros. Em dezembro de 1987, o Ministro Bresser pediu demissão e assumiu o Ministro Mailson da Nóbrega.

Plano Verão
Em 1988, o Ministro Mailson da Nóbrega adotou a chamada política “feijão com arroz”, que visava estabilizar a inflação em 15% a.m. e concomitantemente reduzir a déficit operacional do governo em 8% do PIB para 4%. Para isso adotou-se o congelamento dos empréstimos ao setor público, a contenção salarial e a redução no prazo de recolhimento dos impostos.
Como medida para evitar a hipervalorização, o governo tentou um acordo com empresários e trabalhadores