Pierre Bourieu

Luta Pelos Direitos

São Paulo
Junho 2013

Luta pelos direitos

“Tente imaginar um mundo onde, por cinco mil anos, todos os homens foram subjugados, violentados, assassinados, podados, controlados.”
- Claudia Regina1

A obra “A Dominação Masculina” escrita pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, foi publicada pela primeira vez na França em 1998. O trecho lido em sala foram das páginas 115 até a 127, constituindo uma parte do terceiro e último capítulo. No Brasil, foi traduzido pela pela Editora Bertrand Brasil LTDA., e sua 5ª edição foi publicada no ano de 2007, no Rio de Janeiro.
A partir de uma pesquisa etnográfica sobre a sociedade Cabila2, Bourdieu faz uma análise social e antropológica da posição dos gêneros nas sociedades, mais precisamente, analisa a dominação masculina.
Bourdieu explica que a dominação masculina existe fazem centenas de anos e que foi reproduzido por instituições tais como a família, a Igreja e a família e também pelo inconciente humano. Pode se dizer que “atravessou” a histório em um processo trans-histórico, sem sofrer alterações.
No trecho lido, Bourdieu compara os valores masculinos e feminios sobre o ponto de vista social como econômico. Em sua obra, diz que as mulheres não têm valor econômico significativo. A sociedade determinou que a mulher deve praticar o trabalho doméstico, que representa o Capital Simbólico, o que é mal-visto, pois não traz nenhum benefício econômico. Enquanto isso, o homem é bem-visto, pois é seu trabalho que movimenta a economia e traz lucros. Para a mulher poder participar do mercado de trabalho, fazendo parte do Capital Financeiro, ela deve desistir de sua posição na família, portanto deve desistir de seu Capital Simbólico. Porém ao ingressar no mercado de trabalho, por influência das soft sciences, a mulher acaba adquirindo novamente o Capital Simbólico no ambiente de trabalho. Seus empregos, majoritariamente sofrem grande influência da estética, como por exemplo secretárias