Pesquisas

Barro MineiroAs Construções ReligiosasAna Luiza Fonseca e Rayane Gouvêa BragaIntegral IO casario em Minas Gerais era bem semelhante aos modelos adotados nas demais regiões Brasileiras, embora com uma clara e nítida tendência á singeleza das soluções, sendo a sua elegância conferida mais pelas agradáveis proporções e pelo equilibrado ritmo das paredes em alvenaria caída, vazadas pelos vãos harmoniosamente dimensionados e nelas distribuídos, do que por um tratamento de maior impacto, com ênfase em portadas mais elaboradas em cantaria. As igrejas em Minas Gerais apresentam características bem diversas. As capelas e matrizes mineiras seguiram uma evolução arquitetônica própria que, embora vinculada as raízes portuguesas e aos sistemas construtivos utilizados nas demais áreas do território, em geral, tiveram aqui um seguimento muito diverso dos padrões usuais nos primeiros séculos brasileiros.A arquitetura religiosa nas Minas adquire um dimensionamento inesperado pela originalidade de suas soluções em relação ás que condicionaram as suas equivalentes no território brasileiro. Um dos aspectos fundamentais da arquitetura religiosa mineira é a sua realização como obra de conjunto da própria população que se organizando espontaneamente, ergueu não só as primeiras e mais primitivas capelas dos povoados iniciais como depois as grandes matrizes e as sedes das Ordens Terceiras e Irmandades, visto ter sido proibida a permanência das ordens religiosas regulares em Minas. Esse era um fato único no Brasil, pois nas demais regiões do país instalaram-se os jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos. No final do quinhentos, começaram a ser erguidas os conjuntos franciscanos, caracterizados por seus amplos adros onde se erguiam elaborados cruzeiros, visto a ser culto da paixão de Cristo de particular preferência da Ordem em especial nas procissões.Entre os jesuítas e os franciscanos, as duas ordens de maior atuação na colonização brasileira, pode-se destacas dois grandes