Personagens-Mais

Alencar- simboliza o ultrarromantismo, por oposição ao Realismo e Naturalismo, defendidos por João da Ega. Através desta personagem, é criticada a estagnação intelectual portuguesa, fechada às ideias novas que floresciam no estrangeiro, e que se traduzia numa literatura sentimentalista e aberta da realidade, enraizada com valores tradicionais e absolutos.
Caraterizam-no a lealdade e a generosidade. Amigo de Pedro da Maia vai funcionar como elemento referencial do passado de Carlos, enquanto memória da figura paterna.

Eusebiozinho- Representa as vítimas de uma educação tradicional portuguesa e um ensino que não desenvolve a agilidade física e a destreza intelectual do indivíduo, mas que o aniquila e corrompe espiritualmente.
Esta personagem serve ideologicamente os pressupostos naturalistas e a ideologia da obra, opondo-se a Carlos desde tenra idade.

Conde de Gouvarinho- É uma figura secundária d’Os Maias e inclui-se no painel que carateriza o espaço social na obra, ao nível das personagens-tipo.
Representa Portugal velho e conservado tão criticado por Eça. Simboliza a imagem do homem mesquinho e medíocre.

Steinbroken- Não omite opiniões e assume-se como um observador um tanto confuso e distante do panorama nacional.

Jacob Cohen- É o diretor do banco nacional, marido de Raquel, com quem João da Ega tem uma breve relação adúltera.
Cohen é o respresentante da alta finança nacional. Simboliza a burguesia, sem, no entanto, possuir inteligência e flexibilidade mental.

Dâmaso Salcede- É a figura mais hedionda da obra. Concentra a vaidade imbecil, o egoísmo, a cobardia, a falta de integridade moral.
Dâmaso simboliza a maior vítima de sociedade portuguesa. Fisicamente, é gordo o que o torna muito pouco atrativo, ainda quem se considere um excelente galã, muito apetecido pelas mulheres.

Condessa de Gouvarinho e Raquel Cohen- Simbolizam as mulheres portuguesas, com uma educação romântica e um casamento pouco atraente, que procuram no adultério uma