PEDAGOGIA DA AUTONOMIA Saberes necessários à prática educativa. (Paulo Freire)

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Saberes necessários à prática educativa. (Paulo Freire)
O autor traz que, “ensinar exige estética e ética” (p.32). Ele faz uma analogia que “decência e a boniteza” têm que andar de mãos dadas. Com relação à prática educativa, traz que, tem que ser um “testemunho rigoroso de decência e pureza” (p.33). Para Freire, pensar o homem fora ou longe de uma ética não é possível e seria uma transgressão. “É por isso que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é mesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador” (p.33).
Outra questão que o autor apresenta é, “ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo” (p.34). Ele aborda que o professor que realmente ensina não aceita a errônea fórmula, “faça o que mando e não o que eu faço”. O professor que realmente sabe o que é o certo está ciente de que a palavra desvinculada da corporeificação do exemplo de nada adianta. “Pensar certo e fazer certo” (p.34).
“Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação” (p.35). Freire vem abordando que o pensar certo, tem a disponibilidade ao risco, aceitação do novo que pode ser negado ou acolhido, por ser algo novo. O pensar certo rejeita qualquer prática discriminatória. O preconceito de raça, de classe, de gênero ofende o direito do ser humano e elimina definitivamente a democracia. “Não há inteligibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade” (p.38).
Outra abordagem de Freire é, “ensinar exige reflexão crítica sobre a prática”. Ele vem expondo que, o pensar certo sabe que não é a partir dele que se constrói a prática docente crítica, mas, sabe também que sem ela não se funda aquela. É importante que na formação do professor o momento mais formidável seja a reflexão crítica sobre a prática. “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (p.39).
Paulo Freire