PATOLOGIAS PLACENTÁRIAS
ACRETISMO PLACENTÁRIO
Acretismo placentário é a denominação que se dá à placenta que se adere anormalmente à decídua ou à parede uterina. É uma complicação obstétrica grave. A placenta geralmente se despreende da parede uterina de forma relativamente fácil, mas mulheres que possuem acretismo placentário durante o parto possuem um risco maior de hemorragia durante sua remoção. Isso geralmente requer cirurgia para conter o sangramento e remover completamente a placenta. Em formas graves pode frequentemente levar a uma histerectomia ou ser fatal.
O acretismo placentário afeta aproximadamente 1 em 2.5000 gravidezes.
Existem três formas de acretismo placentário, distintas pela profundidade da penetração:
Placenta acreta
Denominação da placenta que penetra mais profundamente na decídua, atingindo o miométrio (músculo uterino) apenas superficialmente. A placenta "acreta" é aquela que atinge a camada basal da decídua. Quando alguma área da placenta está acreta, ela não descolará naturalmente, pois estará aderida anormalmente à decídua.
Placenta increta Quando a placenta penetra mais profundamente no útero e atinge a camada muscular (miométrio) mais profundamente, é chamada de "increta".
Placenta percreta
Quando a placenta ultrapassa o miométrio e atinge a serosa (peritônio visceral).
Etiopatogenia
Ao nidar,o ovo normalmente se detém na camada esponjosa, encontrando em seu rico plexo vascular o suprimento de suas necessidades alimentares. Detém-se por encontrar como resistência à sua progressão a decidualização normal da superfície uterina. É, então, em local de deficiente decidualização que se desenvolve grau variavél de acretismo placentário.
Tal conformação tem especial importância no momento da dequitação: por ser constituída por tecido frouxo (semelhante a um rendilhado ou aos picotes existentes entre selos), facilita a separação natural da placenta logo após ao parto. Nas porções mais baixas do útero, assim como nas áreas em que