Paralisia cerebral

A criança portadora de paralisia cerebral poderá apresentar uma série de alterações na evolução do seu desenvolvimento psicológico:
Desenvolvimento cognitivo: as anomalias que podem ser observadas são consequência do défice motor que dificulta as possíveis experiências das crianças, a menos que existam distúrbios associados com deficiência mental ou outros. Uma percentagem destas crianças apresenta défices sensoriais associados (visão, audição). Contudo, são evidentes as dificuldades de aquisição dos mecanismos culturais básicos e de desenvolvimento cognitivo.
Interacção social: a criança com Paralisia Cerebral não consegue produzir gestos aos quais o meio social confere um valor comunicativo. A tentativa repetida de fracasso na comunicação com o meio provoca frustração, limitando a motivação e o desejo de comunicação.
Motricidade e linguagem: as lesões cerebrais produzem, quase sempre, alterações no aspecto motor/expressivo da linguagem, determinadas por uma perturbação no controle dos órgãos bucofonatórios que podem afectar a execução (disartria) ou a própria organização do acto motor (apraxia). Esta perturbação dos órgãos bucofonatórios afecta outras funções como a mastigação, a deglutição, o controle da saliva ou da respiração. No entanto, a compreensão da linguagem pode desenvolver-se correctamente.
Assim, os sistemas aumentativos e alternativos constituem todos os recursos naturais ou desenvolvidos com finalidades educativas terapêuticas, envolvendo diferentes mecanismos de expressão. Caracterizam-se por um conjunto de símbolos para representar a realidade e as regras formacionais e combinatórias, que permitem organizá-las de modo a construir um sistema expressivo. Os sistemas de símbolos existentes são: * Sistemas baseados em elementos representativos; * Pictogramas; * Sistema de Rebus e sistema Bliss; * Sistemas baseados na ortografia tradicional; * Linguagens codificadas. A educação dos alunos com