Para compreender a ciência

A teoria das cordas. Dirijo-me a porta da sala de aula; giro a chave na fechadura; abro a porta; passo pelo arco de pouco mais de 75 centímetros; fecho a porta; coloco a valise sobre a mesa; sento-me em uma cadeira giratória; abro a valise; retiro dois canetões, um vermelho e um preto; levanto-me; posiciono-me diante do quadro branco; olho meu relógio de pulso, são 6:25; começo a discorrer sobre o movimento retilíneo uniformemente variado. O primeiro aluno chega depois de pouco mais de uma hora, eram 7:30. Eu havia preenchido o quadro de formulas e elaboradas sistematizações mecânicas, como era de praxe, o aluno logo se pôs a copiar. Paulatinamente iam chegando os demais alunos, o relógio marcava 7:35 e ainda faltava um integrante da turma — Tranquei a porta — Indigna-me um insipiente, bem alimentado e no auge púbere atrasar-se um segundo para minha celebração à física moderna. Alguém bate na porta, era o inadimplente. Finjo que não o escuto e volto-me à turma.
— Vocês frequentam as minhas lições há no mínimo 150 dias, já passaram 3857 minutos e 14 segundos copiando minhas fórmulas e ainda não aprenderam que não tolero atrasos? — Não pronunciaram sequer um grunhido. Enfureci-me; Levantei-me; peguei minha valise; destranquei a porta; saí da sala; Serrei-a com um forte solavanco. Realmente não sei o motivo de meu interesse pela fétida física elementar, pela caquética grade curricular do ensino médio e como pude aguentar a imbecilidade destes alumnus. Já não sei se o meu real interesse é a física quântica, a teoria das cordas, dos enforcados ou dos que purgam no fogo do inferno. Entro em um banheiro; Olho-me no espelho; Desmaterializo-me em uma nuvem de um sem número de elementos diferentes. Contei, ao todo, 1618 anos em meio à humanidade. Observei a “morte” das velhas religiões, a descrença na magia que emana do universo, a opressão dos oprimidos, as epifanias humanas, a queda de impérios, a ascensão de monarcas e governantes, a polarização e a