Outras Mentes

Como sabemos alguma coisa? Thomas Nagel

Thomas Nagel inicia o capítulo denominado: “Como sabemos alguma coisa?” com a afirmação de que o interior da sua mente é a única coisa da qual você pode ter certeza, provocando a reflexão e expondo como nossos conhecimentos mais básicos são fundamentados em convicções sobre as quais, normalmente, não realizamos qualquer tipo de questionamento - sem ponderar se elas são fruto de nossas impressões e experiências, sentimentos e pensamentos - apenas aceitando-as como verdades estanques, que se distanciam da realidade verificada.
Se não temos provas acerca do mundo fora de nós, por que acreditamos em sua existência?
Será que as coisas poderiam ser diferentes se, de fato, todas elas existissem apenas na nossa mente – se tudo que nós julgássemos ser o mundo externo real fosse apenas um sonho de que nós jamais despertássemos? Claro está, que assim não poderíamos despertar, pois não haveria mundo real do qual acordar. Logo, não seria um sonho normal.
Se todas as nossas experiências fossem um sonho e não houvesse nada externamente, então qualquer argumento que nós tentássemos utilizar para provar para nós mesmos que há um mundo fora da nossa mente apenas faria parte do nosso próprio sonho. Se nós apertássemos nosso nariz, sentiríamos a dor, mas isso seria apenas algo que estaria apenas dentro da nossa mente. Portanto, não podemos nos apoiar no que as coisas parecem ser - a partir do interior de nossa mente - para alcançar uma resposta.
Dessa maneira, a conclusão mais extremada que podemos alcançar dessa ideia, é que nossa mente é a única coisa que existe. Essa perspectiva recebe a nomenclatura de solipsismo. Por outro lado, concluir que somos únicos em nossa existência, está além do que as evidências podem comprovar. Não podemos saber, com base no que se passa dentro do universo de nossa mente , que não existe mundo externo.
Pode existir ou não um mundo externo, e, se existe, ele pode ser ou não completamente diferente do