Os Miseráveis_Terceira Geração do Romantismo

Os Miseráveis é um filme de 2012, dirigido por Tom Hooper (O Discurso do Rei) e indicado a 8 Oscar, incluindo melhor filme. É baseado na obra de Victor Hugo, lançado em 1862. A história se desenvolve desde 1815 a 1832, na França. Diferente do livro que mostra não apenas um protagonista, porém 5, o filme destaca a figura mais forte da obra, Jean Valjean (Hugh Jackman). Pelo próprio filme podemos observar diversos elementos que a podem incluir a obra como pertencente a 3ª geração do romantismo. Uma dos mais visíveis e importantes é a crítica social que se apresenta constante nas quase 2h30min de filme. O período pós Revolução Francesa foi marcado por pobreza, sérios problemas políticos e repressão para com o povo. Também se preocupe em mostrar as revoltas estudantis, que tem como objetivo lutar contra tais problemas, o que nos liga a mais uma característica, a busca pela liberdade. Outro ponto forte que podemos observar é a concretização do amor, que nas gerações anteriores costumava-se mostrar um amor não concretizado, recheado de sofrimento, amores platônicos. Aqui, o amor entre Cosette (Amanda Seyfried) e Marius (Eddie Redmayne) é livre de qualquer tipo de desilusão e não há nenhum meio externo que impeça o relacionamento. A concretização fica ainda mais explícita com o casamento de ambos no final do filme. Também podemos observar o erotismo presente na obra. Mesmo que de forma um tanto quanto menos explícita, toda a tomada que vai desde a demissão de Fantine (Anne Hathaway) até a sua morte, vemos a presença de várias prostitutas que usam de seu corpo uma arma para a própria sobrevivência, já que as mulheres eram, junto as crianças, as que mais sofriam nesse período turbulento no qual a França passava. Isso nos faz uma ligação de direta a uma característica já retratada neste trabalho, a crítica social. Outra característica que não é tão explícita quanto as duas primeiras apresentadas aqui é o pecado. Toda a história se monta na busca pela redenção de Jean