Os lusiadas

729 palavras 3 páginas
1 – Estas estâncias situam-se no Canto VII da obra épica Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, quando os portugueses já se encontram em Calecut e Paulo da Gama está a iniciar a narração ao Catual, centrada nas figuras da história de Portugal, representadas nos estandartes das naus portugueses. Esta narração é interrompida pelo narrador (Luís de Camões) que, vai de novo, invocar as musas. Quanto à estrutura interna, o poeta faz um novo apelo às suas inspiradoras (ninfas do Tejo e do Mondego) pedindo-lhe que o ajudem nesta árdua tarefa, pois, caso contrário, não será capaz de levar a bom porto o relato destas aventuras por “mares nunca dantes navegados”. Aproveita para se lamentar, dizendo que o reconhecimento da pátria não tem sido o esperado e que, por isso, os futuros poetas não sentirão qualquer incentivo para também cantarem Portugal, ou mesmo fazerem poesia.

2 – Podemos encontrar como marca de invocação, as formas verbais “invoco” e “ajudais”, esta última no imperativo; as referências à 2º pessoa com o determinante possessivo “vosso” e 1ª pessoa em “me”, bem como o vocativo “Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego”.

3 – Neste conjunto de estâncias, é possível verificarmos características biográficas do sujeito poético: assim sabemos que se dedicou à carreira das armas e, ao mesmo tempo, à literatura (“Numa mão sempre a espada, e noutra a pena.”); que viveu grande parte da sua vida na miséria (“ com pobreza avorrecida”) e foi desterrado (“ por hospícios alheios desterrado”). Que sobreviveu a um naufrágio (“ escapando a vida/que dum fio pendia tão delgado”) e, finalmente, que teve expetativas frustradas quanto ao reconhecimento da sua obra pelos detentores do poder (“ senão que aqueles, que eu cantando andava/tal prémio de meus versos me tomassem.”.

4 – A anáfora “agora” aparece nestes versos com a intenção de enfatizar a importância destes factos na sua vida presente, o viajar pelos mares e vivenciar os perigos, viver na miséria e sem esperança, tendo já

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