Os intelectuais na idade média

897 palavras 4 páginas
No século XII existiu verdadeiramente uma forte corrente antimatrimonial: os sentimentos de Heloísa que primeiro se expressaram, numa carta surpreendente, em que ela incitava Abelardo a renunciar à ideia de casamento. Abelardo foi um lógico e, como todo filósofo, deixou um método. Esse lógico também foi um moralista, mas Abelardo contribui para subverter as condições acerca de um dos sacramentos essenciais: a penitência. O essencial na penitência era o pecado e, por isso, a punição. Abelardo exprimiu e fortaleceu a tendência para inverter essa atitude, a partir daí o importante tornou-se o pecador, sua intenção e o ato capital da penitência passou a ser a contrição, do coração, para que se faça desaparecer o desprezo a Deus ou o consentimento do mal, afinal a caridade divina é incompatível com o pecado. Abelardo foi o primeiro ‘professor’, bretão das redondezas de Nantes, nascido em Pallet em 1079, ele sente o fato de não ter mais adversários à sua altura, o que o levou a criticar um dos mais ilustres mestres parisienses, Guillaume de Champeaux. Abelardo nem por isso era um devasso, será que Heloísa foi uma conquista a acrescentar às conquistas da inteligência? Moça de 17 anos, bonita, culta, em cuja sabedoria tornou-se célebre em toda a França. Mulher perfeita para ele. O amor nascera e não acabaria mais, depois do drama, resistiria aos infortúnios.

E se fora um goliardo? Indubitavelmente Pedro Abelardo foi uma glória no meio parisiense. É que os goliardos acreditavam que o melhor modo de expressar sua superioridade frente aos feudais era se vangloriar dos favores de que gozavam junto às mulheres. Apesar de sua importância, os goliardos foram marginalizados no movimento intelectual, mas legaram aos séculos precedentes um punhado de ideias: de moral natural, libertinagem dos costumes e do espírito, em suma, da crítica da sociedade religiosa. Desapareceram no século XIII, as perseguições os atingiram, desertaram-se muitas vezes para viver vida fácil ou

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